sábado, 28 de fevereiro de 2009

ENTREVISTA COM PAULA MIRANDA
[Paula A. Miranda é estudante da Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho - UNESP Bauru]

POTENCIALIDADES E ESSÊNCIAS

Palácio das Indústrias, no Parque Dom Pedro II. Local cuja riqueza do edifício evocava toda a superposição de usos, planos, ocupações e interesses, muitas vezes conflitantes, que fizeram parte do desenvolvimento histórico e político da cidade. Foi neste local que se configurou o ENEA São Paulo, onde as discussões sobre a arquitetura, patrimônio, vazios urbanos, realidade social, estavam todas ali, diante dos nossos olhos. Eram muitas informações e coisas mil acontecendo ao mesmo tempo, assim como é a cidade de São Paulo, complexa e dinâmica.
Conviver com cerca de três mil pessoas vindas de diferentes lugares e realidades do país em um palácio - patrimônio arquitetônico da cidade - por uma semana, em pleno centro da cidade de São Paulo - cidade em que nasci e cresci, cidade que amo - com vários novos amigos e colegas de faculdade da qual eu fazia parte a apenas sete meses, em meu primeiro encontro de estudantes de arquitetura... este turbilhão de informações, experiências e sensações imprimiam em mim a cada momento daquela semana uma vivência única, da qual não fazia idéia que poderia um dia viver. Como era possível viver em meio a tantas pessoas com gostos e culturas tão diferentes, participando das mais densas e variadas atividades artísticas, culturais e políticas, de maneira tão harmônica? Estávamos vivendo uma efervescência cultural em simbiose, vivendo coletivamente! E isso era real. Parecia ser um sonho, mas era real.
Desta mistura de sensações e experiências que vivi no ENEA São Paulo, restou a satisfação de que podemos viver em uma cidade, um mundo, uma realidade melhor, uma realidade que sonhamos. Basta irmos ao Encontro desta realidade, deste sonho! Assim despertou em mim a vontade de saber como é fazer um Encontro, planejar um Encontro, fazer com que as pessoas se encontrem e se conheçam... me apaixonei por aquelas pessoas, por conhecer diferentes pessoas, e assim fui buscando conhecer melhor esse mundo dos sonhos, essa fábrica de sonhos que é a Federação, a FeNEA e os Encontros que ela promove. Hoje entendo que participar da FeNEA e dos Encontros de arquitetura não é só presenciar momentos mágicos e inesquecíveis, mas aprender a valorizar o conhecimento e as pessoas. Ah, sim, as pessoas... estas é que fazem estes momentos valerem a pena, me fazem ver que a coisa mais importante são as pessoas, e posso dizer que o convívio com estas que um dia fizeram parte da FeNEA e ainda fazem, seja nos Encontros, Conselhos ou Seminários, é o que torna toda esta experiência uma catalisadora de sonhos, um verdadeiro ensaio para a vida!!
E viva a FeNEA que ‘fez’ agente se encontrar!



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